Todos temos responsabilidades, no mínimo conosco mesmo. Ao viver em uma sociedade assumimos responsabilidades sobre aqueles com quem interagimos, afinal, não existe interação unilateral.
Na maioria das vezes, se a relação é boa e dá bons resultados atribuímos a nós a responsabilidades e quando o contrário ocorre atribuímos aos outros toda a culpa.
Não existe relação sem interação e não há interação unilateral.
O grande problema dessa equação é que, ao atribuirmos culpa aos outros, estamos tentando nos convencer de que somos isentos dela. Que somos ideais. Mas não somos. E quando essa atribuição não dá certo, ou quando ela não nos basta, acabamos por ter que lidar com uma frustração para a qual não temos estrutura, pois não a criamos.
Muitas vezes esse costume vem do berço, quando, ao brigarmos na escola, os nossos pais sempre nos defendiam e sempre era o outro menino o malvado.
Na vida real não é bem assim.
Essa frustração, com a qual não sabemos lidar, acaba por nos sufocar e nos exaurir.
Toda verdade tem, sempre, pelo menos dois lados.
É bom que nos habituemos à empatia, a ver a verdade com os olhos dos outros. Como será que eu sou visto?
Talvez culpa não seja a palavra ideal para o fracasso de uma relação, seja ela de que tipo for, a menos que haja uma sabotagem intencional. Responsabilidade é a palavra mais adequada.
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